O Governo Federal decidiu reduzir em 10% o imposto de importação de bens comercializados. A iniciativa contempla produtos básicos como arroz, feijão, massas, biscoitos e materiais de construção. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães e Bolos Industrializados, Cláudio Zanão, destaca que a guerra entre Rússia e Ucrânia é um dos fatores que contribuiu para o aumento no preço dos produtos. Ainda segundo Zanão, o consumidor só tem consumido o suficiente para sobreviver.
“O consumidor está com o bolso muito estreito. Não tem espaço nenhum para manobra, para comprar nada diferente. É consumir o necessário para sobreviver. Então, tudo que puder reduzir essa dependência e puder dar uma flexibilidade, será bem aceito”, explica.
Além disso, Zanão destacou sobre a alta dos preços do trigo e as estratégias de mercado que tem adotado para continuar comercializando o produto. “O Brasil consome 12 milhões de toneladas de trigo por ano e produz, em média, 6 a 8 milhões. Então, dá para buscar a diferença no Mercosul. Ainda assim, se acontecer algumas coisa no continente, vamos buscar trigo no Canadá ou nos Estados Unidos. Então, falta de produto nunca vai haver. É questão de preço”, sintetiza.
“Por razões humanitárias, temos que parar essa guerra. E, em termos de economia, um terço da exportação mundial depende de Rússia e Ucrânia. Quanto mais for prolongada a guerra, mais dificuldade teremos. O melhor, para nós, é acabar essa guerra para equalizar esses preços”, explica Zanão ao tratar sobre os conflitos entre Rússia e Ucrânia.
