“Coincidência”? Piloto do PCC morou em apartamento da esposa de ex-tesoureiro do PT, no mesmo prédio do famoso triplex
Um episódio em que deixa mais uma evidência sobre a ligação da maior organização criminosa do Brasil – Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Partido dos Trabalhadores (PT). O piloto de confiança do PCC, Felipe Ramos Morais, preso desde 2018, morava em um apartamento no famosíssimo Edifício Solaris, no Guarujá, o mesmo prédio do suposto triplex de Lula. De acordo com informações do Ministério Público Federal (MPF), o apartamento em que Felipe residia pertencia a Giselda Rose de Lima, mulher do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.
O MP também tomou conhecimento que no mesmo espaço morou o ex-tesoureiro do PT e contador do PCC, João Vaccari Neto, aquele que foi preso em 2015, no âmbito da Operação Lava Jato, condenado em diversos processos na operação, absolvido em um deles, cumpriu pena de prisão até 2019, e foi indultado na gestão de Michel Temer. Vaccari foi condenado a 24 anos de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), no processo das propinas do estaleiro Kepper Fels, com sede em Singapura. As propinas eram referentes aos contratos entre o estaleiro e a Sete Brasil, com o objetivo de fabricar sondas para a Petrobrás.
Em primeira instância, na 13ª Vara Federal de Curitiba, Vaccari fora condenado pelo então juiz Sérgio Moro, no mesmo processo, a 10 anos de cadeia. Tratou-se de um dos processos mais bem documentados da Operação Lava Jato – inclusive com devolução ou apreensão de dinheiro de alguns réus.
E quem se recorda do famoso caso do triplex? Vale frisar que o caso do triplex levou Lula a ser condenado a doze anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro em três instâncias da Justiça: a 13ª Vara Federal de Curitiba, o TRF-4 e o STJ. Mas até hoje, o petista alega que o tríplex não é dele.
Mas voltando ao assunto do piloto de confiança do PCC, Felipe, em 2018 pilotou o chamado “voo da morte”, em que os traficantes Rogério Geremias de Simone e Fabiano Alves de Souza foram assassinados a mando da organização criminosa. O jovem piloto com apenas 30 anos, já tinha conquistado um patrimônio de R$ 19,5 milhões, incluindo sete helicópteros, quatro lanchas, quatro caminhonetes, dois automóveis e cinco empresas.
Esses factuais só demostram que existe sim relação entre PT e PCC, pois contra fatos não há argumentos. Outra constatação foram as conversas interceptadas pela Polícia Federal que levantaram os indícios de que criminosos mantinham diálogos com pessoas ligadas ao partido petista. “O PT tinha diálogo com nois cabuloso”, confirmou preso do PCC em escuta telefônica, em 2019.