Subprocurador pede que TCU investigue gastos do cartão corporativo de Bolsonaro
O subprocurador geral do Ministério Público, Lucas Furtado, encaminhou uma representação pedindo que o Tribunal de Contas da União investigue os gastos no cartão corporativo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Furtado também pediu que o TCU adote as medidas necessárias a verificar possível ofensa dos princípios da razoabilidade, da moralidade e da comicidade, nos gastos da ordem de R$ 21 milhões no Cartão de Pagamento do Governo Federal. Esse mesmo subprocurador encaminhou outras representações para analisar os gastos do cartão corporativo da Presidência em 2019 e 2020.
“Os gastos com alimentação e lazer do presidente da República e das pessoas mais próximas a ele são extremamente elevados, considerando-se, em especial, a deterioração geral da economia e os gastos de gestões anteriores. A gravidade da situação ganha importância na medida em que tais gastos são classificados como sigilosos, o que não permite ao cidadão comum aferir a pertinência e a necessidade desses dispêndios. Deve-se sempre ter em mente que os gastos administrativos que padecem da falta de transparência são aqueles que, em tese, podem estar mais vulneráveis ao distanciamento de um necessário padrão ético de probidade, decoro e boa-fé, ou seja, estão mais suscetíveis a atentarem contra os princípios da moralidade e da finalidade pública”, argumenta Furtado.
“Caso se comprove a irregularidade dos citados gastos, restaria caracterizado ato de improbidade administrativa cometido pelo atual mandatário do Poder Executivo Federal”, consta no documento.