Marco temporal: para Bolsonaro a aprovação do projeto representa o “fim da economia”
Marco temporal na demarcação de terras indígenas voltou a ser o assunto pautado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), na manhã desta segunda-feira (6) durante entrevista ao canal Terraviva, e disse “será o fim da economia”, e alegou que com a aprovação do projeto pela Suprema Corte teria como consequência o fim do agronegócio e com reflexos na economia brasileira.
Bolsonaro explicou que dois terços do território brasileiro já está inviabilizado para trabalhos como mineração e criação de gado, impossibilitando o cumprimento do projeto.
“Hoje, o Brasil tem 14% de terras indígenas demarcadas, o que é equivalente a região do sudeste. Temos agora o fantasma do novo marco temporal, que está no Supremo. Ele sendo aprovado, teremos uma outra área, equivalente a região sul, demarcadas como terras indígenas e inviabilizadas para o agronegócio. Será o fim da economia, da segurança alimentar e do nosso Brasil”, disse o mandatário brasileiro.
O chefe do Executivo Federal também comentou sobre diminuição de ocorrências das invasões de terras e relacionou com as medidas de titulação de terra, o armamento dos fazendeiros e a suspensão do financiamento de algumas organizações. Ele falou ainda que 350 mil títulos de terra foram entregues aos assentados.
“Tiramos a força do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que usavam as forças para tumultuar o agronegócio brasileiro. No governo Fernando Henrique Cardoso, o número de invasões era de 300 por ano, no governo Lula, 250, no Dilma, 160 e no Temer, 27. Agora, são quatro invasões por ano”, afirmou.