Opinião
O áudio vazado, a quebra de protocolo e o cumprimento que pode ter culminado em mais punições
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) recebeu um novo ministro que ratificou a posse de mais três, em cerimônia realizada na última quinta-feira (19), onde o desembargador Sergio Pinto Martins, do Tribunal Regional do Trabalho da 2a Região de São Paulo, assumiu o cargo.
Surpreendentemente durante a cerimônia conduzida pelo presidente do TST, Emmanoel Pereira, vaza um áudio em que se reporta ao ministro Edson Fachin e diz que “decidiu convidar” um dos presentes após ouvir um “quem manda sou eu”. Após o ocorrido, Pereira quebrou o protocolo e convidou o presidente Jair Bolsonaro para condecorar os novos ministros da Corte; e assim Bolsonaro fez, condecorando todos os ministros presentes no evento, cumprimentando todos, inclusive, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Vale frisar, que a cerimônia aconteceu um dia após Bolsonaro entrar com a ação processual contra Moraes, onde o acusa de abuso de autoridade, e que foi rejeitada pelo ministro Dias Toffoli. Mas voltando à cerimônia, nem mesmo esse motivo foi o suficiente para que Bolsonaro deixasse de cumprir o papel de chefe do Executivo, logo, tomou a iniciativa de ir ao encontro de Moraes para cumprimentá-lo.
O mais admirável durante a cerimônia foi ver a serenidade e a segurança do presidente ao cumprimentar Moraes olhando nos olhos, porém, é possível notar que não existe reciprocidade, deixando nítida a existência de algo que vai além de arestas, que podem ser aparadas. Outra evidência é que o magistrado não esboçou um gesto sequer de respeito com o presidente, uma vez que não manifestou quaisquer reações de que poderia ou iria se levantar da cadeira para cumprimentar o presidente da República.
“Coincidentemente”, no mesmo dia da cerimônia, Moraes dobra a aposta, e multa novamente o Silveira em mais de R$ 105 mil, alegando que as condutas de Silveira “revelam completo desprezo pelo Poder Judiciário”. Não se dando por satisfeito, o magistrado triplica a aposta, determinando o bloqueio de bens e imóveis do parlamentar.
Se analisarmos a sequência dos fatos, evidentemente, Moraes se sentiu provocado com a reação de Bolsonaro. Para quem tem algo que vai além do pessoal contra o outro, um simples gesto de educação vira uma afronta.
É notório que existe uma relação estremecida entre os poderes, onde Moraes aparece como o protagonista de uma série de arbitrariedades, com o objetivo único de impedir que Bolsonaro continue na gestão do Brasil. Para isso, o magistrado tem usado de vários “artifícios”, envolvendo “peças” com grande representatividade política conservadora.
Para Moraes, na verdade, todo aquele que tiver expressão no que tange o conservadorismo, vira um alvo em potencial. Mas falando sobre respeito, existe alguma lógica Moraes fazer esse tipo de exigência dos membros do parlamento brasileiro, dos jornalistas ou dos apoiadores conservadores?
Um legitimo Presidente de uma Nação e o outro um Zé qualquer, simples assim !