Levantamento aponta maiores índices de desmatamento na Amazônia nos governos FHC e Lula
De acordo com o levantamento pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revela que nos três primeiros anos do governo de Jair Messias Bolsonaro (2019-2021), o desmatamento anual médio da Amazônia foi de 11,4 mil quilômetros quadrados. As marcas são menores do que a média anual registrada nos mandatos de Fernando Henrique Cardoso (19 mil) e Lula (15,6). Os números foram veiculados pela revista Veja, em matéria publicada na segunda-feira (2).
A revista Veja contestou os dados que também foram publicados no site do Partido dos Trabalhadores (PT), e frisou que o Brasil foi líder em 2021 na perda de florestas tropicais, além de culpar a atual gestão presidencial pela destruição do bioma. A revista pontuou ainda que as alegações promovidas pelo partido “não permite comemoração de nenhum partido”, e que faltou compromisso com a verdade ao alegar que o combate do desmatamento foi um legado do governo petista.
Para o presidente Bolsonaro os ataques sofridos pelo Brasil sobre o desmatamento “não são justo”. A declaração foi dada durante várias viagens internacionais para tratar com investidores.
“Nós queremos que os senhores conheçam o Brasil de fato. Uma viagem, um passeio pela Amazônia é algo fantástico…. Até para que os senhores vejam que a nossa Amazônia, por ser uma floresta úmida, não pega fogo, que os senhores vejam, realmente, o que ela tem”, disse Bolsonaro em Dubai, declarou Bolsonaro na abertura do Invest in Brazil Forum (evento com investidores), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, que aconteceu em novembro de 2021.
Durante visita em Budapeste, capital da Hungria, em fevereiro deste ano, Bolsonaro afirmou que as informações sobre a floresta chegam de forma distorcida no cenário internacional, que o trata como “grande vilão” na preservação do meio ambiente.
“Muitas vezes, as informações sobre essa região chegam para fora do Brasil de forma bastante distorcida, como se nós fossemos os grandes vilões no que se leva em conta a preservação da floresta e sua destruição, coisa que não existe. Nós preservamos 63% do nosso território e não se encontra isso em praticamente nenhum outro país do mundo, nós nos preocupamos até mesmo com o reflorestamento, coisa que eu não vejo nos países da Europa, como um todo”, afirmou.
De acordo com os dados fornecidos pelo INPE, em 2019, foram 10,1 mil km² de devastação. Em 2020, houve um aumento sensível e, em 2021, 13,2 mil km² foram desmatados. Já durante os três primeiros anos do governo Lula, se comparado ao índice atual, o número é 105% maior. Em 2002, foram devastados 21,6 mil km². Em 2003, o número aumentou para 25,3 mil km² e em 2004 27,7 mil km² foram devastados.