Na noite de ontem, sexta-feira (6), a Advocacia-Geral da União pediu ao STF) o arquivamento do inquérito que apura o suposto vazamento de dados sigilosos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) durante uma live transmitida em gosto de 2021, sobre um possível ataque hacker ao sistema interno do TSE, em 2018.
O pedido da AGU compõe um recurso contra uma ordem do ministro Alexandre de Moraes, que pediu a PF a elaboração de um relatório sobre a quebra do sigilo telemático do ajudante de ordens do presidente, coronel Mauro Cid.
O despacho de Moraes foi feito mesmo com o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para o arquivamento do caso por não ver nenhum crime de Bolsonaro. A AGU alega que a PGR não pediu a análise do material apreendido, ou seja, essa medida não poderia ser determinada por Moraes.
A AGU ainda pontuou que Moraes não tem “legitimidade” para determinar, de ofício, medidas investigativas complementares visto que a PGR pediu o encerramento do caso.
Bruno Bianco Leal, o advogado-geral da União, afirmou no documento que há “injustificável excesso de prazo e abuso investigatório” e pediu que o STF acate com urgência o parecer da PGR e arquive o inquérito.
