Primeiro trimestre do ano aponta estabilidade na taxa do desemprego em 11,1%
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, nesta sexta-feira (29), constatou que a taxa de desemprego no Brasil manteve a estabilidade e ficou em 11,1% no primeiro trimestre. Também houve estabilidade no número de desempregados, 11,9 milhões de pessoas.
Para a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, o fato de não haver crescimento na busca por trabalho no trimestre, está relacionada à estabilidade da taxa de desocupação. Ainda segundo Adriana, o comportamento do mercado não é um cenário comum para esta época do ano, onde as pessoas estão à procura de emprego.
“Se olharmos a desocupação em retrospecto, pela série histórica da pesquisa, podemos notar que, no primeiro trimestre, essa população costuma aumentar devido aos desligamentos que há no início ano. O trimestre encerrado em março se diferiu desses padrões”, diz.
Mas quanto aos empregos com carteira assinada houve uma crescente de 1,1% no quarto trimestre, e seguido de alta, porém, em ritmo menor se comparado aos trimestres do ano passado. Já o grupo de trabalhadores por conta própria, que são autônomos, caiu 2,5% e, com isso, a taxa de informalidade chegou a ter um recuo, de 40,7% no último trimestre para 40,1% agora.
Também foi registrada a estabilidade no número de desempregados, que chegou a 11,9 milhões de pessoas. Já a população ocupada, estimada em 95,3 milhões, caiu 0,5% na mesma comparação, o que significa 472 mil pessoas a menos no mercado de trabalho.
Além disso, o rendimento médio real foi estimado em R$2.548, um crescimento de 1,5% em relação ao trimestre encerrado em dezembro; e a massa de rendimento apontou estabilidade se comparado ao trimestre anterior, estimado em R$ 237,7 bilhões e, com isso, apresentando favorecimento em comparação com o mesmo período do ano anterior.
“Esse aumento é importante se considerarmos que esse indicador vinha em queda desde o segundo trimestre do ano passado. De modo geral, quando a participação dos trabalhadores formais aumenta, o rendimento médio da população ocupada tende a crescer”, concluiu a coordenadora Adriana Beringuy.