“Não precisamos de voto impresso para garantir a lisura das eleições”, explica Bolsonaro
No início da noite desta quarta-feira (27), durante o Ato Cívico pela Liberdade de Expressão, que aconteceu no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro declarou que o voto impresso não é necessário para a garantir a transparência nas eleições de 2022, basta que o Tribunal Superior Eleitoral adote as medidas pedidas pelas Forças Armadas para validar e contar votos, caso aconteça alguma falha no sistema eleitoral. O
“A gente espera que, nos próximos dias, o Tribunal Superior Eleitoral dê uma resposta às sugestões das Forças Armadas. Porque eles nos convidaram. Nós aceitamos, estamos colaborando com o melhor do que existe entre nós e essas sugestões todas foram técnicas. Não se fala ali de voto impresso, não precisamos de voto impresso para garantir a lisura das eleições”, declarou Bolsonaro.
Essa informação consta no “Plano de Ação para a Ampliação da Transparência do Processo Eleitoral”, um documento de 81 páginas escrito pelo Comitê de Transparência Eleitoral, grupo formado por representantes da Polícia Federal, OAB, academia e Forças Armadas, que pontuaram várias sugestões que visam aperfeiçoar o sistema eleitoral.
Dentre as medidas adotadas, há a sugestão para que as Forças Armadas também tenham acesso à contagem de votos.
“Precisamos de uma maneira, e nessas nove sugestões, existe uma maneira de a gente confiar nas eleições. Uma das sugestões das Forças Armadas, não tem nada a ver com sigilo das eleições, é que, no final, quando se encerram as eleições, e os dados vêm da internet para cá, tem um cabo no final que alimenta a sala secreta do Tribunal Superior Eleitoral – dá para acreditar nisso? Sala secreta? Onde meia dúzia de técnicos dizem ali no final: ‘olha, quem ganhou foi esse’”, explicou o presidente.
“Uma das sugestões é que esse mesmo duto que alimenta a sala secreta, os computadores, seja feita uma ramificação, um pouco à direita, para que temos, ao lado, um computador também das Forças Armadas para contar os votos do Brasil”, concluiu Bolsonaro.