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Morre o Subtenente Oswaldo Eustáquio, pai do jornalista Oswaldo Eustáquio, aos 89 anos


O Subtenente Oswaldo Eustáquio morreu aos 89 anos, na madrugada deste sábado (9), após uma hemorragia cerebral. Pai do jornalista Oswaldo Eustáquio Filho, preso três vezes pelo STF, por crime de opinião, o subtenente ingressou no Exército Brasileiro em 1951.

Filho do pescador Luís Eustáquio, nasceu em Aquidauana-MS no dia 16 de junho de 1932 e completaria 90 anos nesta data. Sua carreira nas Forças Armadas foi marcada pelo comportamento excepcional, servindo a nação durante todo o regime militar de 1964 até 1985, aposentando-se pouco antes do presidente João Batista de Oliveira Figueiredo, último general do regime deixar o governo.

Procurado pela reportagem, o jornalista Oswaldo Eustáquio Filho, que está a caminho de Curitiba para o sepultamento do pai que será realizado neste domingo (10), citou um versículo bíblico que diz: “nem a morte, nem a vida, nem os principados, nada pode nos separar do amor de Deus”.

Ele contou ainda uma história emocionante que aprendeu com o seu pai. “Minha música de dormir era a canção do Exército cantada pelo meu pai. Cresci ouvindo o hino da bandeira e o hino nacional. O maior legado deixado pelo meu pai é o amor a pátria”, disse o jornalista Oswaldo Eustáquio Filho.

Outro fato lembrado foi como o velho subtenente ensinou ao seu filho a maior lição da sua vida. “Uma noite meu pai pediu para que eu dormisse de coturno. Desde criança, minha mãe costurava um fardamento militar para mim. Perto das quatro da manhã, acordei com um balde de água sendo jogado em mim. Meu pai disse que tínhamos que sair imediatamente. Ele me ensinou que o verdadeiro infante, quando está em guerra, precisa dormir com o seu coturno e pronto para o combate. Fomos para o maverick ano 1974, carro que permanece na família até hoje, e fomos de Curitiba sentido a serra do mar, no litoral do estado. No meio do caminho, no viaduto dos padres, 600 metros acima no nível do mar, em uma espécie de penhasco, ele me mostrou a Baía de Antonina. Admiramos aquela cena linda juntos e vimos o sol nascer. Logo depois ele começou a me ensinar lições importantes sobre a vida e ao final falou sobre a altura do penhasco e mandou eu me jogar. Eu não compreendi a situação e disse que poderia me machucar. Ele aumentou o tom de voz e insistiu. Tomei distância e pulei. Fechei os olhos e saltei. Como um leão, meu pai se colocou na frente e me agarrou. Se abaixou na minha altura e com uma voz suave disse: ‘Essa é a maior lição da sua vida. Ordens absurdas não se cumprem’, disse o subtenente Oswaldo Eustáquio”.

O velório acontecerá amanhã, domingo (10), no Cemitério Parque Senhor do Bonfim, a partir das 8h, em São José dos Pinhais. O sepultamento está previsto para as 16h.

Contribua com a família Eustáquio através do PIX: 41991923034 (TELEFONE)




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