Ontem, sábado (16), em entrevista à CNN Brasil, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo vai marcar uma reunião com representantes do WhatsApp para debater o acordo que o aplicativo fez com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que implica no adiamento da atualização dos novos recursos para comunidades e grupos. Na quinta-feira (14) a plataforma divulgou a atualização, mas informou que no Brasil ela só estará disponível após um eventual segundo turno nas eleições.
O recurso disponível nessa atualização, permitirá o envio de mensagens para milhares de pessoas ao mesmo tempo.
“Já conversei com o Fábio Faria [Faria]. Vai conversar com representante do WhatsApp aqui no Brasil para explicar” o acordo. “Se ele [WhatsApp] pode fazer um acordo com o TSE, pode fazer comigo também, por que não?”, pontuou Bolsonaro.
“Vou buscar o CEO do WhatsApp essa semana e quero ver que acordo é esse. Se é para o mundo todo, não posso fazer nada, agora, só para o Brasil, e volta a ser pro mundo todo depois das eleições, quer prova mais clara de interferência como essa na liberdade de expressão?”, afirmou o presidente.
“Essa última informação agora que o WhatsApp pode ter uma política mundial, ninguém vai reclamar. Agora, [por que] apenas para o Brasil o disparo em grupo poderá ser realizado depois das eleições?”, questionou Bolsonaro.
“Não vai ser um acordo com o TSE que o WhatsApp vai fazer e vai impor a toda a população brasileira”, indagou o presidente.
