Posicionamento de Bolsonaro sobre Telegram: “ia perder no plenário, e resolveu recuar”; apoiador Magno Malta fica indignado; entenda
O presidente Jair Bolsonaro (PL) se posicionou, na segunda-feira (21), sobre a decisão do Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a respeito do bloqueio do aplicativo Telegram em todo o Brasil. A decisão acabou sendo revogada no domingo (20).
O chefe do Executivo argumentou sobre a situação, dizendo que Moraes mantém uma “perseguição implacável contra ele, mas que iria perder a votação no plenário, e resolveu recuar”.
“Revogou a própria decisão dele. O nosso advogado-geral da União, Bruno Bianco, entrou com uma ação sexta e sábado, muito bem fundamentada, levando-se em conta a jurisprudência do próprio Supremo. A ação caiu para a senhora Rosa Weber, que já era autora de uma jurisprudência, ou seja, o Alexandre de Moraes ia perder no plenário isso dai e resolveu recuar”, complementa Bolsonaro.
Para que a revogação fosse feita, o Telegram teve que cumprir exigências feitas pelo ministro Alexandre de Moraes, e caso não fossem cumpridas, o app teria que arcar com multa diária de R$100 mil.
O aplicativo já cumpriu sete das 10 exigências, entre elas a exclusão de um post do Presidente da República; fornecimento de informações cadastrais de doações e pagamentos publicitários e demais lucros dos respectivos perfis ligados ao jornalista Allan dos Santos como o @tercalivre, @allandossantos e @artigo220; detalhar o faturamento dos perfis; fornecer informações imediatas à Justiça, se caso o jornalista Allan dos Santos crie novas contas; adotar políticas as quais impeçam que Allan dos Santos crie novas contas. Além disso, foi exigida a indicação de um representante oficial no Brasil, bloqueio do canal @claudiolessajornalista e adoção de providências em casos de notícias falsas.
O ex-Senador e apoiador de Bolsonaro, Magno Malta, em live nas Redes Sociais repudia as atitudes de Moraes, as quais considera inconstitucionais. “Liberdade e respeito são coisas que desconhece. Não conhece a Constituição e também não respeita, tanto que bloqueou o Telegram, e tudo por causa de uma picuinha, porque não gosta de Jair Bolsonaro. A sua turma não gosta de Bolsonaro”, desabafou.
Malta ainda fez um pedido ao presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, para convocar Moraes a se explicar, e falar sobre a base constitucional que o levou a tomar a decisão contra 70 milhões de brasileiros. “Não tem base constitucional, não está na Constituição e não lhe é dado esse poder. Não está descrito na Constituição, esclareceu.
Acompanhe o vídeo na íntegra pelo perfil de Magno Malta:
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