Estamos vivendo na fase da ditadura clara e evidente do Poder Judiciário, uma vez que temos uma Suprema Corte interferindo nos três poderes, legislando de maneira jamais vista, a ponto de colocar na prisão parlamentares como o Roberto Jefferson e o Daniel Silveira, além do jornalista Allan dos Santos que inclusive foi exilado, e o jornalista Oswaldo Eustáquio, que teve a prisão decretada por quatro vezes, chegando ao cúmulo de ser torturado, tendo como consequência, a paraplegia.
É claro que essa ditadura não se dá pela força armada. Ela acontece por outros meios completamente arbitrários, causando uma verdadeira ferida no Estado Democrático de Direito, cabendo ser removida de imediato. A constituição é agredida diariamente pelo Supremo Tribunal Federal (STF), instituição que deveria ter por obrigação defendê-la e guardá-la.
É possível notar uma complacência aliada à cumplicidade entre as Câmaras dos Deputados e o Senado Federal, e do Congresso Nacional, que estão baixando a guarda para a Suprema Corte e, com isso, auxiliando na normatização de várias inconstitucionalidades praticadas pelos togados; o caso do Deputado Federal Daniel Silveira (UB-RJ), por exemplo, a Câmara dos Deputados teve a chance de se redimir pela situação anterior em que covardemente aprovaram a prisão do parlamentar, mas, outra vez mostraram como agem, pois vimos o presidente da Casa, Arthur Lira, não defender o deputado como poderia e deveria.
Arthur Lira mesmo se intitulando como “guardião da sua inviolabilidade”, mas se referindo à Câmara (que fique claro), só mostrou o quanto pode ser indiferente com a situação de um parlamentar que se sentiu coagido, e foi buscar abrigo na Casa que representa o povo. E muito além disso, é ver Arthur Lira se ajoelhar para as arbitrariedades do STF.
Os representantes eleitos pelo povo estão se calando para o injusto, e permitindo que a ditadura do judiciário prevaleça.