Opinião

Grupo Globo na contramão dos valores e princípios


Enquanto o Ministério da Justiça suspende exibição do filme de “comédia”, “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola”, com Danilo Gentili e Fábio Porchat, e já é alvo de despacho do Diário Oficial da União (DOU), o Grupo Globo como sempre, decide caminhar na contramão dos valores e princípios, classifica por conta e risco a determinação da justiça, e se posiciona como “censura” e inconstitucional, e mantém o polêmico filme nas plataformas streamings e Globoplay e no Canal Telecine.

Vale frisar que de acordo com o despacho da Secretaria Nacional do Consumidor, publicado na ultima terça-feira (15), caso “a disponibilização, exibição e oferta” do filme não sejam interrompidas em até cinco dias, deve ser aplicada multa diária de R$ 50 mil.

Segundo a diretora do Departamento de Proteção e de Defesa do Consumidor, Lilian Brandão, a medida foi tomada devido a necessidade de proteger à criança e ao adolescente consumerista.

Não é de hoje que o Grupo Globo mira o alvo nas crianças. Essa prática já podia ser notada desde 1986, com a programação da ex-apresentadora da Globo, Maria da Graça Meneghel, mais conhecida como Xuxa e, que na época, a fala doce já apresentava um lado obscuro. E, como sempre digo que nada, absolutamente nada, fica no oculto por uma vida inteira, eis que vem à tona o filme estreado em 1980, “Amor Estranho Amor”, que acabou por revelar a verdade anos depois sobre a “rainha dos baixinhos”. No filme, Xuxa aparecia seminua com um garoto de apenas 12 anos. Quanto ao polêmico filme, foi alvo de disputas judiciais desde lançamento. Xuxa chegou até travar muitas disputas judiciais ao perceber que a carreira com o público era incompatível com as cenas apelativas envolvendo nudez.

Que “sede” é essa em querer desvirtuar as crianças e os adolescentes? Tentam a todo custo normalizar o que não é normal, e tudo em nome da arte. Acompanhe as narrativas abaixo das entrevistas de Danillo Gentili, Fábio Portach e Xuxa, e tire as próprias conclusões.

À época do lançamento, em entrevista ao R7, o apresentador afirmou que a ideia era mesmo provocar. “Eu tenho muito medo de fazer uma coisa morna. Quando a gente é covarde, tem medo ou não quer se expor, acaba fazendo uma coisa morna, que não incomoda ninguém… então, eu prefiro fazer uma coisa fria ou quente a morna.”

Questionado sobre a reação dos espectadores quanto ao filme (indicado para maiores de 14 anos), Gentili reforça que tudo não passa de ficção. “A proposta foi ignorar o politicamente incorreto. Os filmes que a gente assistia nem eram classificados. É só uma comédia. As pessoas vão entender que é um filme, se não entenderem, nem deveriam ter ido ao cinema.”

Por meio das redes sociais, Danilo, classificou as reações ao trecho do filme como “chiliques, falso moralismo e patrulhamento”. “Nenhum comediante desagradou tanto quanto eu. Sigo rindo”, tuitou o apresentador. Sim, ele segue rindo, mas acredito que mães e pais dedicados em dar exemplo dentro de casa e educação cercada de valores morais e princípios, se sentem no mínimo, indignados com programações televisivas fazendo apologia ao sexo e a pedofilia.

Em entrevista ao Portal Globo, Fábio Porchat disse “Como funciona um filme de ficção? Alguém escreve um roteiro e pessoas são contratadas para atuarem nesse filme. Geralmente o filme tem o mocinho e o vilão. O vilão é um personagem mau. Que faz coisas horríveis. O vilão pode ser um nazista, um racista, um pedófilo, um agressor, pode matar e torturar pessoas…

“Não é minha realidade, mas é a realidade de muita gente. Então, antes de as pessoas me criticarem, elas deveriam saber que isso existe, diariamente, nesse país e no mundo todo, mas, principalmente, nesse país”, disse Xuxa em entrevista ao Portal Nexo Jornal, se referindo ao filme “Amor Estranho Amor”.

Enfim, para eles tudo que promovem não passa de mera “ficção” e cena. Será que nunca se perguntaram como deve ficar a cabeça de uma criança ou adolescente ao assistir um filme que, apesar de ser a realidade de muitos (infelizmente), não é uma programação adequada para menores?

Quanto aos pais, cabe a responsabilidade de ficarem sempre em ‘alerta’, pois o que deveria por obrigação ou bom senso ser veiculado para construir está destruindo.




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