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E se Margaret Thatcher fosse presidente da Ucrânia?


Traído pelo Ocidente, Volodymyr Zelenski, percebe que está sozinho em meio à guerra. São 23 dias de um cenário devastador, causando dores e perdas irreparáveis. Os ‘amigos’ do Ocidente – Estados Unidos e União Europeia, em especial a Otan, não prestaram o apoio prometido, ao contrário, resistiu em enviar tropas de apoio e também se negou apoiar a Ucrânia em uma ação de fechamento de seu espaço aéreo, um pedido do país para evitar ataques russos via ar.

O expert em comédia jamais imaginou que iria ver e conviver com cenas reais de terror, destruição e mortes de ucranianos. Pessoas completamente indefesas, pagando com a vida. Diante desse cenário, é inevitável concluir que faltou habilidade para lidar com o presidente Russo, Vladimir Putin, que se manteve irredutível, em ver a possibilidade de adesão da Ucrânia à aliança militar, e consequentemente, a expansão da Otan pelo Leste Europeu.

Faltaram estratégias e poder de negociação da parte de Zelenski? Penso que sim! E pensei mais além, e me questionei: e se fosse Margaret Thatcher a presidente da Ucrânia?

Com perseverança e um estilo agressivo na hora de negociar, Margaret Thatcher se envolveu em diversas frentes, e governou a Grã-Betanha por 11 anos, por meio do partido conservador inglês. As principais da lista de iniciativas tomadas são a quase destruição dos sindicatos, o enfrentamento com o Exército Republicano Irlandês (IRA), a defesa dos interesses britânicos frente à Europa, as críticas à extinta União Soviética e o conflito armado de 1982, quando enviou tropas ao Atlântico Sul para defender as ilhas Malvinas da ocupação argentina.

A força de vontade e a determinação de Thatcher valeram a ela o apelido de “Dama de Ferro”, dado pela imprensa soviética em função de sua ferrenha oposição ao comunismo. Acredito que com todo esse perfil de liderança, o Putin iria pensar muito bem em atacar a Ucrânia.

Poder de dissuasão

O poder da dissuasão de um país e entre países e potências advém da autoridade, e a autoridade é feita de uma série de valores para a constituição sólida de uma sociedade, que quando bem administrado é possível viver uma democracia verossímil. No entanto, a atual gestão da Ucrânia se posicionou na contramão da democracia ao se render às políticas do ocidente.

O ataque russo à Ucrânia é terrível? Sim, é terrível! E acredito que isso nunca nem deveria ter acontecido, se a Ucrânia tivesse à frente um líder experiente e bem posicionado.

O poder da dissuasão nesse mapa de equilíbrio das potências e no mundo, não está na demagogia ou em diálogos vazios que vemos acontecer entre vários líderes atuais. E é aí que está a causa das perdas incalculáveis.




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