O ex-ministro da Justiça Sergio Moro disse que fará representação e moverá ação de indenização por danos morais contra o procurador Lucas Furtado, do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União. Ontem (4), Furtado pediu ao ministro do TCU Bruno Dantas que determine a indisponibilidade de bens de Moro.
O pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos declarou, em publicação no Twitter, ser “evidente o abuso de poder do procurador”. Em nota, disse já ter prestado “todos os esclarecimentos necessários”.
A medida cautelar pedida por Furtado serviria para auxiliar a investigação sobre suposta sonegação de impostos sobre os pagamentos que Moro recebeu da consultoria Alvarez & Marsal.
Furtado havia solicitado o arquivamento do processo, mas disse ter analisado “fatos novos” que demonstram a necessidade de apuração do caso pela Receita. Segundo ele, há inconsistência nos documentos apresentados por Moro e pela Alvarez & Marsal para comprovar a remuneração paga ao ex-ministro.
“[O procurador] causa perplexidade ao pedir agora a indisponibilidade de meus bens sob a suposição de que teria havido alguma irregularidade tributária”, disse Moro.
“Já prestei todos os esclarecimentos necessários e coloquei à disposição da população os documentos relativos a minha contratação, serviços e pagamentos recebidos, inclusive com os tributos recolhidos no Brasil e nos Estados Unidos”, continuou.
Veja a íntegra do Oficio enviado pelo procurador Lucas Furtado ao TCU.
