Nesta quarta-feira (9), o colegiado da CPI da Covid teve uma reunião com Luiz Fux, presidente do STF, para pedir que inquéritos sejam instaurados a partir de dez investigações preliminares, iniciadas por Augusto Aras, o procurador-geral da República, com base nas acusações do relatório final da CPI.
Em novembro do passado, Renan Calheiros, relator da CPI, pediu 81 indiciamentos, desses, 12 eram de pessoas com foro privilegiado. O relator atribuiu ao presidente Jair Bolsonaro nove crimes.
Aras instaurou dez investigações preliminares e esses processos estão sob responsabilidade de seis ministros. A CPI agora pressiona para que essas apurações sejam de fato transformadas em investigações pela Procuradoria-Geral da República.
Ontem (8), essa mesma cúpula teve uma reunião com a assessoria de Aras, mas a resposta do PGR foi que as investigações não tiveram continuidade pois a CPI não detalhou a conduta de cada um dos indiciados.
“As provas já foram enviadas e agora eles querem um detalhamento delas. Mandamos as provas no dia seguinte à primeira reunião. Provas que todos sabem que existem. Não há nenhuma dúvida”, afirmou Renan Calheiros.
“Entregamos o prato, entregamos a comida, entregamos os talheres e me parece que agora eles querem que se coloque a comida na boca”, resmungou Randolfe Rodrigues.
