Política

Kakay quer a prisão de Moro, em segunda instância


O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, integrante do Prerrogativas, grupo de advogados que compõe as bancas de defesa de investigados no petrolão, nesta sexta-feira (14) atacou o ex-juiz Sergio Moro. Uma das motivações dos ataques, foi o fato de Moro ter afirmado à revista Veja, que os críticos da Operação Lava Jato “trabalham pela impunidade de corruptos”.

Kakay afirma que o ex-ministro utilizou a operação em benefício próprio, que dificultou o direito de defesa de investigados e precisa responder judicialmente por abuso de autoridade contra os réus, além de pedir a prisão de Sergio Moro.
O criminalista está provocando diretamente o ex-juiz que defende a execução da pena em segunda instância, que fez com que seus protegidos Lula, José Dirceu e João Vaccari Neto, fossem presos, mesmo que temporariamente.

“A visão que este ex-juiz tem da advocacia – ao dizer que defendemos a impunidade e a corrupção – é de alguém que instrumentalizou o Judiciário por um projeto pessoal. Defendemos as garantias constitucionais, como a presunção de inocência, para todos, inclusive para ele e o bando que ele coordena. Queremos que ele responda pelos crimes que cometeu usufruindo de todos os direitos que ele negava enquanto juiz. Inclusive o da prisão só após o trânsito em julgado”, declarou Kakay à revista VEJA.

“Enfrentamos desde o início a prepotência e o abuso representados pelo Moro, que corrompeu o sistema de justiça. Ser atacado por ele indica que estamos do lado certo”, pontuou o advogado.
Sergio Moro afirmou, também à Veja, que “grande parte das críticas (à Lava-Jato) vêm de advogados que têm interesse na anulação das condenações de seus clientes. Houve um gigantesco esquema de corrupção, que perdurou por dez anos, e há um grupo de advogados, como esse Prerrogativas, trabalhando pela impunidade daqueles corruptos e vem se arvorar de alguma espécie de ética, alguma espécie de superioridade moral em relação ao Ministério Público e em relação aos juízes que participaram desses casos? No fundo a vergonha está neles”.

Recentemente, o grupo Prerrogativas promoveu um jantar para o ex-presidente Lula e o ex-tucano Geraldo Alckmin.




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