A ACNB (Associação dos Criadores de Nelore do Brasil) anunciou a retirada de sua movimentação financeira do banco Bradesco, por considerar que a instituição se posiciona de forma contrária ao setor pecuário brasileiro. A associação era correntista na instituição há mais de 20 anos, e decidiu mudar para o Banco do Brasil.
O anúncio foi publicado pelo Twitter no perfil da Nelore Brasil “Para facilitar a assinatura, a documentação foi enviada da agência de São Paulo para assinatura na agência em Carlos Chagas (MG)”, diz o comunicado da entidade. A cidade mineira é sede da Fazenda Amin El Aouar, de propriedade do presidente-executivo da ACNB, Nabih Amin El Aouar.
No dia 3 de janeiro deste ano, grupos do setor organizaram manifestações em frente a agências do banco de pelo menos cinco Estados, com churrascos e distribuição de carne à população. Os protestos foram contra um vídeo divulgado pelo banco em que influenciadoras sugerem a redução do consumo de carne como forma de diminuir a emissão de gases do efeito estufa.
As influencers recomendam a adesão à “Segunda Sem Carne”. “A criação de gado contribui para emissão dos gases do efeito estufa. Então que tal a gente reduzir o nosso consumo de carne e escolher um prato vegetariano na segunda-feira?”, diz um trecho da peça. O Bradesco tirou o material do ar e se retratou com uma Carta Aberta ao Agronegócio Brasileiro, porém mesmo após à publicação da carta, continuou perdendo clientes do agronegócio.
