Setor público terá o primeiro superávit primário em oito anos, segundo previsão do Tesouro Nacional
O setor público consolidado, composto pelo governo federal, estados, municípios e empresas públicas, fechará 2021 com o primeiro superávit primário nas contas públicas desde 2012, de acordo com a previsão da Secretaria do Tesouro Nacional anunciada logo após a divulgação do superávit de R$ 3,9 bi do governo federal em novembro.
As contas públicas vem acumulando por oito anos consecutivos, desde 2013, déficit primário. O resultado primário é formado por receita menos despesas, desconsiderando os gastos com juros.
A informação foi divulgada ontem, quarta-feira (29), pelo secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle. Esse superávit ocorrerá porque o déficit primário do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) será menor do que o previsto inicialmente e ficará abaixo do superávit primário das contas estaduais.
“De janeiro a novembro, no Governo Central a gente tem um déficit de R$ 49 bilhões. Estados e municípios estavam com superávit de R$ 100 bilhões. Esses R$ 100 bilhões vão diminuir, porque esse mês de dezembro tem mais despesas, e os R$ 49 bilhões [de déficit do Governo Central] vão subir um pouco. Se for, por exemplo, cerca de R$ 70 bilhões [de déficit] do Governo Central e o dos estados for [superávit], por exemplo, de R$ 75 bilhões, a gente está falando de um superávit primário de uns R$ 5 bilhões”, explicou Valle.