O Ministério Público de São Paulo arquivou o inquérito de envolvimento do ex-prefeito Fernando Haddad (PT) em suposto caso de caixa 2, onde 5 milhões de reais teriam sido recebidos em propinas da empreiteira OAS em 2013.
De acordo com a decisão do promotor Paulo Rogério Costa na última segunda-feira (13), as investigações não apontaram prática de corrupção ativa. “Não é possível atribuir a solicitação direta, indireta, ou o percebimento de vantagem indevida da OAS, em razão de sua função, à época prefeito, mediante a contraprestação de serviço prolongado um contrato administrativo com a empreiteira”, diz.
A partir de uma delação premiada na Lava Jato de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, o caso começou a ser investigado na Justiça Federal, que em abril deste ano apresentou inquérito civil para apurar irregularidades que teriam ocorrido em São Paulo, as diligências foram transferidas ao MP estadual.
Segundo a delação, o executivo teria sido procurado após as eleições municipais, no início de 2013, por João Vaccari Neto. O ex-tesoureiro do PT teria solicitado o pagamento de 5 milhões de reais referente à quitação de uma dívida de campanha de Haddad.
A contrapartida, diz o inquérito, seria a manutenção do contrato da OAS com a prefeitura na continuidade da Avenida Jornalista Roberto Marinho.
