Economia

Produtos de mesma marca variam de preço até 86,6% nos supermercados


Com informações do R7

A alta nos preços dos alimentos vem afetando o orçamento das famílias brasileiras.  Pesquisa divulgada pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados) ontem (12) mostra que o preço de um produto – da mesma marca ou qualidade – pode variar até 86,6% de uma rede supermercadista para a outra.

A maior diferença, de 86,6%, foi constatada no quilo da bisteca suína. O menor preço encontrado foi de R$ 14,95 e o maior de R$ 27,90.

Na sequência aparecem:

  • Tomate (o quilo): de R$ 6,98 a R$ 12,90, diferença de 84%;
    • Cebola (o quilo): de R$ 1,79 a R$ 3,29, diferença de 83,8%;
    • Peça da carne de acém (o quilo): de R$ 22,90 a R$ 38,90, diferença de 69,90%;
    • Ovos brancos (dúzia): de R$ 5,98 a R$ 9,90, diferença de 65%;
    • Peça da carne coxão duro (o quilo): de R$ 32,90 a R$ 44,50, diferença de 35,2%;
    • Frango inteiro congelado (o quilo): de R$ 9,89 a R$ 12,99%, diferença de 31%;

“Mais do que nunca, o consumidor deve pesquisar muito e ir a mais de uma rede de supermercado antes de comprar. Até pouco tempo, ele deixou de fazer isso porque os preços estavam relativamente estáveis. Agora é hora de retomar este hábito para reduzir os custos com alimentação”, diz Marcio Milan, vice-presidente da Abras.

Quando comparado o mesmo produto de marcas distintas, a variação pode chegar a 234%.

É o caso do espaguete. Enquanto o pacote de 500g Da Mamma sai por R$ 1,76, o da Barilla, custa R$ 5,99.

  • Café torrado e moído (pacote de 500g): de R$ 7,79 (Café Fazenda Mineira) a R$ 18,88 (Pilão), diferença de 142%
    • Feijão (pacote de 1kg): de R$ 3,69 (Andorinha) a R$ 8,19 (Pantera), diferença de 121%;
    • Arroz tipo 1 (pacote de 5kg): de R$ 14,89 (Tio Lano) a R$ 28,90 (Albaruska), diferença de 94,1%;
    • Leite longa vida (caixa de 1 litro): de R$ 2,95 (Aurora) a R$ 4,99 (Paulista), diferença de 69%;
    • Óleo de soja (900 ml): de R$ 7,59 (Coamo) a R$ 9,69 (Soya), diferença de 27,7%;
    • Açúcar (pacote de 1 kg): de R$ 3,59 (Alto Alegre) a R$ 4,09 (Guarani), diferença 14%;

Assim como Milan, o economista André Braz, coordenador do IPC do FGV Ibre, também orienta o consumidor a pesquisar muito antes de comprar.

O economista frisa que, ao aderir a um controle melhor dos gastos, pesquisando, substituindo e comprando menos o que está mais caro, o consumidor ajuda a conter o avanço de preços.

“São comportamentos mais gerais, porém sem veto, que influenciam bastante os preços. Há muita marca boa e que oferece o mesmo produto, e com a mesma qualidade, por um preço bem menor. O que percebemos é que há resistência do brasileiro em fazer a substituição”, conta Braz.




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