Paquistão aprova lei para castrar quimicamente os condenados por abuso sexual
O Parlamento do Paquistão aprovou uma lei na quarta-feira (17) que prevê que as pessoas condenadas mais de uma vez por abuso sexual podem ser condenadas a serem castradas quimicamente.
O texto determina que o governo paquistanês deve criar cortes especiais no país inteiro para acelerar os julgamentos de acusados de crimes sexuais e garantir que os casos sejam decididos em até quatro meses.
Os condenados por estupro em grupo podem enfrentar sentenças de pena perpétua ou execução.
“A castração química é um processo devidamente notificado por normas instituídas pelo primeiro-ministro, pelo qual a pessoa fica impossibilitada de praticar relações sexuais por qualquer período de sua vida, será determinado pelo tribunal e vai ocorrer por meio da administração de drogas, que será realizada por meio de um quadro de profissionais médicos”, diz o texto.
Durante a sessão, o senador Mushtaq Ahmed rejeitou o projeto de lei, que seria “anti-islâmico e contra a Sharia” (código de leis do Islã). Ele propôs enforcar publicamente os estupradores, em vez de castrá-los quimicamente.