Usina de Itaipu enfrenta pior seca e gera menos energia para armazenar água
A usina hidrelétrica de Itaipu, no Paraná, pode fechar 2021 com a menor geração de energia dos últimos 26 anos. A usina tem a segunda maior capacidade de geração de energia no mundo, mas está produzindo bem menos do que poderia. Desde o início do ano, a hidrelétrica gerou mais 52,8 milhões de megawatts, quase 15% a menos na comparação com o mesmo período do ano passado. E 2020 já havia sido o pior ano na geração, desde que a hidrelétrica começou a operar com 20 turbinas. Antes da crise hídrica, Itaipu chegava a produzir mais de 90 milhões de megawatts por ano.
A direção da hidrelétrica de Itaipu afirma que essa queda na produção de energia vem do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). A ordem foi gerar menos energia e deixar a água guardada no reservatório para um momento ainda mais crítico de falta de água.
O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, João Francisco Ferreira, informou que a Itaipu pode ser demandada para que saia com a produção x para 2x em questão de no máximo 10 minutos.” Podemos restabelecer a energia, se houver um problema em alguma região que seja grande consumidora”, diz.
Desde o dia 1º de setembro, está em vigor uma nova bandeira tarifária na conta de luz, chamada de bandeira de escassez hídrica. A taxa extra de R$ 14,20 para cada 100 kWh deve continuar até abril do ano que vem.
A hidrelétrica afirma que essa é a pior seca desde que Itaipu começou a operar e que, para otimizar a produção, está gerando o máximo de energia, com o menor consumo de água.
A primeira quinzena de outubro registrou grande volume de chuvas no Paraná, o que deu fôlego aos reservatórios, inclusive ao de Itaipu, que está dentro da média.