“Quem espalhar ataques a rivais nas redes em 2022 será cassado e preso”, afirma Alexandre de Moraes
Durante o julgamento das ações do PT que pediram a cassação dos mandatos de Bolsonaro e Mourão no Tribunal Superior Eleitoral, na manhã desta quinta-feira (28), o ministro Alexandre de Moraes declarou durante seu voto que não haverá nenhum tipo de tolerância para o disparo em massa de mensagens no WhatsApp contra adversários na campanha eleitoral de 2022.
“Se houver repetição do que foi feito em 2018, o registro será cassado. E as pessoas que assim fizerem irão para a cadeia por atentar contra as eleições e a democracia no Brasil”, declarou Moraes.
Ele também afirmou que apoiadores e auxiliares de Bolsonaro usaram o disparo de mensagens e as redes sociais para espalhar notícias falsas e atacar adversários em 2018, mas reconheceu que não houve provas para que de fato resultasse na perda de mandato e inelegibilidade.
“A Justiça é cega, mas não pode ser tola. Não podemos criar o precedente avestruz. Todo mundo sabe o que ocorreu, o mecanismo usado nas eleições e depois […] Nós podemos absolver aqui, por falta de provas, mas sabemos o que ocorreu. Sabemos o que vem ocorrendo e não vamos permitir que isso ocorra. Não podemos criar um precedente, olha tudo que foi feito vamos passar o pano. Porque essas milícias digitais continuam se preparando para disseminar o ódio, para disseminar conspiração, medo, para influenciar eleições, para destruir a democracia […] Houve disparo em massa. Houve financiamento não declarado para esses disparos. O lapso temporal pode ser impeditivo de uma condenação, mas não é impeditivo da absorção, pela Justiça Eleitoral, do modus operandi que foi realizado, e que vai ser combatido nas eleições 2022”, disse o futuro presidente da Corte Eleitoral.