Política

PDT de Ciro Gomes gastou mais de R$ 1 milhão com ex-marqueteiro do PT


O PDT (Partido Democrático Trabalhista) tem trabalhado intensamente em uma possível campanha Ciro Gomes à Presidência da República em 2022. O partido tem gastado, há quase sete meses, R$ 250 mil mensais com a empresa Santana & Associados, Marketing e Propaganda, do marqueteiro João Santana, que já atuou em campanhas dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, do PT. A informação, publicada pela revista Crusoé, apontou que os recursos destinados ao marqueteiro têm origem do fundo eleitoral concedido aos partidos políticos.

João Santana já foi condenado em primeira instância por lavagem de dinheiro pelo então juiz Sergio Moro, no âmbito da operação Lava Jato. O marqueteiro e a esposa, Monica Moura, fecharam um acordo de delação premiada com os promotores da operação. Segundo o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, o contrato data de abril e tem sido compensado com um serviço “muito bem feito”.

“Ele [João Santana] está cuidando de toda a parte do site [do PDT], da publicidade, da nova marca do PDT, das falas do Ciro e até das minhas”, afirmou à reportagem.

Lupi também destacou o trabalho do marketeiro junto às redes sociais da legenda que teriam crescido durante a atuação de Santana.

Tecendo críticas a Bolsonaro e ao Lula nas redes sociais, Ciro tem apostado na figura de “bom moço”, tentando cativar jovens com fundos coloridos, linguagem mais jovial, temas de gamers em suas lives, com crianças e mulheres para ajudar mudar a imagem truculenta que costumava mostrar, inclusive já foi flagrado xingando manifestantes em 2016 em Fortaleza, junto com o seu irmão Cid Gomes que em fevereiro de 2020 tentou passar por um bloqueio de manifestantes formado por famílias, com mulheres e crianças, de policiais com uma retroescavadeira. Em 2019, Ciro também discutiu com um estudante da União Nacional dos Estudantes (UNE) em um evento na capital baiana e em 2018, xingou e empurrou um jornalista durante uma visita a Roraima.

Vale tudo para conquistar os votos dos que têm “memória curta” ou que não estavam atento às notícias de política nos últimos anos. Ao que parece, João Santana está usando as mesmas táticas eleitoreiras que usou na campanha de Lula que o elegeu em 2002.




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