“Não vou congelar o preço dos combustíveis na canetada”, declara Bolsonaro
Hora Brasília10 de outubro de 2021Última Atualização 10 de outubro de 2021
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Durante evento em Campinas (SP) realizado na sexta-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou durante seu discurso, na 1ª Feira Brasileira do Nióbio, que não irá congelar preços de combustíveis “na canetada”. Ontem a gasolina sofreu um novo aumento de 7,2%, segundo anúncio da Petrobrás.
Segundo dados divulgados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação acumulou altas de 6,9% no ano e de 10,25% nos últimos 12 meses.
“Reclamam no Brasil do aumento de preço de mantimentos, de combustível. Ninguém faz isso porque quer. Eu não tenho poder sobre a Petrobras. Eu não vou na canetada congelar o preço do combustível. Muitos querem. Nós já tivemos uma experiência de congelamento no passado”, declarou Bolsonaro.
O presidente voltou a falar que existe a possibilidade de desabastecimento em função da crise de fertilizantes e explicou que já começam a faltar mantimentos em vários países. “Mantimentos em vários países, entre eles o Reino Unido, já começam a faltar. Desabastecimento, que é pior do que a inflação”, pontuou Bolsonaro.
A China está passando por uma crise com grande elevação dos preços da energia elétrica e isso pode interromper as exportações de mercadorias, gerando uma reação em cadeia na produção de alimentos que pode afetar o Brasil.
“Eu vou avisar um ano antes: por questão de crise energética, a China começa a produzir menos fertilizante. Já aumentou o preço, vai aumentar mais e vai faltar. A cada cinco pratos de comida no mundo, um sai do Brasil. Vamos ter problemas de abastecimento no ano que vem”, explicou Bolsonaro.
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