Moraes determina 48 horas para comissão da CPI explicar pedidos de quebra de sigilo de Bolsonaro
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a CPI da Covid dê explicações em até 48 horas sobre medidas tomadas pela comissão contra o presidente Jair Bolsonaro. Antes de concluir os trabalhos, o colegiado aprovou um requerimento no qual pede ao STF a quebra do sigilo telemático de Bolsonaro e o banimento do presidente das plataformas digitais.
Em defesa de Bolsonaro, a Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com um mandado de segurança na Corte contestando as decisões da CPI. Segundo o órgão, o chefe do Executivo não pode ser alvo de uma comissão parlamentar e o requerimento protocolado pelos senadores extrapola as atribuições da comissão.
O caso ainda será analisado pelo próprio STF e pela Procuradoria-Geral da República (PGR), mas a AGU se antecipou e decidiu já acionar o Supremo para questionar a decisão da CPI.
Em sua live semanal, na semana retrasada, Bolsonaro leu uma notícia que alertava que vacinados contra a covid-19 supostamente estariam “desenvolvendo a síndrome da imunodeficiência adquirida”. Assim como já haviam feito o Facebook e o Instagram, o YouTube retirou a live do ar e suspendeu o canal do presidente por uma semana. Com base nessas afirmações, a CPI decidiu pedir a suspensão do presidente das redes e a quebra de seus sigilos.