Maduro acusa Colômbia de infiltrar grupos terroristas no país
Com informações da Agência EFE
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou nesta quinta-feira (30) a infiltração em seu país de grupos terroristas e traficantes de drogas da Colômbia, chamados por ele de ‘Tancol’.
“Esses grupos Tancol têm se infiltrado em território venezuelano, e é por isso que estou alertando todos os militares venezuelanos, os chefes militares e toda a inteligência do país para declarar guerra ao Tancol, para ir atrás deles e tirá-los do país”, afirmou o presidente venezuelano em um evento que marca o 16º aniversário do Ceofanb (Comando Estratégico Operacional das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas).
Sem apresentar qualquer evidência, o presidente Maduro denunciou que esses grupos podem ser formados entre 20 e 100 pessoas e são treinados e financiados pela Colômbia.
“Eles os colocam na fronteira para dizimar a segurança interna, atacar a população, traficar cocaína colombiana e se preparar para ataques com objetivos militares, policiais e políticos. É por isso que estamos preparando um plano, para que uma vez que todos os Tancol tenham sido identificados, possamos continuar nossos esforços para retirá-los do território nacional”, declarou.
No último dia 21, o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, denunciou que a FAC (Força Aérea Colombiana) violou o espaço aéreo do país às 16h48 (local, 17h48 de Brasília) com um drone do tipo Hermes.
“A aeronave foi detectada pelos sistemas de escaneamento do nosso Comando de Defesa Aeroespacial Integral sobrevoando o território do município de Jesús María Semprúm, no estado de Zulia”, disse Padrino López em nota publicada na conta do Twitter das FANB (Forças Armadas Nacionais Bolivarianas).
A FAC reconheceu um dia depois que um de seus drones sobrevoou a fronteira nordeste, mas negou que ela tenha entrado no espaço aéreo venezuelano.
Depois disso, no domingo (26), o governo colombiano alegou que uma aeronave venezuelana não tripulada fez uma incursão não autorizada em seu território no departamento de fronteira de Arauca no sábado (25) e condenou o que definiu como “novo ato de violação da soberania nacional”, mas a Venezuela também rechaçou a acusação.