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Juízas afegãs recebem refúgio humanitário no Brasil


Correndo riscos e convivendo com ameaças desde que o Talibã tomou o poder no Afeganistão, juízas afegãs e suas famílias começaram a chegar ao país nesta semana, informa a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe). De acordo com a entidade, que se mobilizou para que o governo federal concedesse asilo às magistradas, 26 pessoas desembarcaram no Brasil até agora.

Ontem (20), sete magistradas, que pediram acolhimento no Brasil, foram alojadas na ESD (Escola Superior de Defesa), órgão subordinado ao Ministério da Defesa. A ação humanitária é coordenada pelos Ministérios da Defesa e das Relações Exteriores e pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros).

Desde agosto, quando o grupo extremista retomou o controle daquele país, autoridades se mobilizaram para auxiliar cerca de 270 magistradas que ainda residiam no território afegão e corriam riscos por desempenharem atividades jurisdicionais — eventualmente, até por terem julgado e condenado membros do Talibã.

A Ajufe recorreu ao Ministério de Relações Exteriores para que as magistradas afegãs recebessem visto humanitário e fossem acolhidas no Brasil, além de dialogar com o Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados).

A entidade se dispôs a, juntamente com o Conselho Nacional de Justiça e demais órgãos públicos, formular soluções e políticas de acolhida para as juízas afegãs.




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