Política

Jornalista testemunha na CPI da Covid já foi candidato à deputado e a vice-prefeito de Trindade pelo PT


Uma das testemunhas apresentadas nesta segunda-feira (18) durante a sessão da CPI da Covid, o jornalista Arquivaldo Bites Leão, já foi candidato pelo Partido dos Trabalhadores  (PT) ao cargo de vice-prefeito em Trindade (Goiás) em 2008. Em 2002, disputou a eleição como deputado estadual, também pelo PT, de acordo com o site do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás. O filho, Arquivaldo Filho, já disputou eleição ao cargo de vereador pelo PT em 2020 e é presidente do diretório municipal do partido. O irmão, Arquidones Bites Leão, que é professor e secretário do PT em Trindade, ajudou a organizar uma manifestação contra o presidente em Goiânia. Ele foi detido em maio deste ano por circular em um carro com uma faixa “Fora Bolsonaro Genocida”. Outros parentes de Bites também ocupam cargos públicos e políticos em cidades de Goiás.

Divulgação Facebook: Arquivo pessoal
Foto: Arquivo pessoal

O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) chamou a sessão da CPI da Covid de “algo macabro, triste e lamentável” e disse que os depoentes “foram escolhidos a dedo para virem à CPI e falarem mal do presidente Bolsonaro”. A comissão promove uma audiência com familiares de pessoas que morreram em virtude da pandemia e com o jornalista Arquivaldo Bites Leão, que contraiu a doença e sobreviveu, mas convive com sequelas. Os participantes fizeram críticas ao modo como Bolsonaro tem conduzido o combate à pandemia no Brasil.

Flavio afirmou que “São pessoas com histórico de militância contra Bolsonaro e que têm o compromisso de responsabilizar o presidente pelas mortes. É um desrespeito às vítimas”, disse o parlamentar.

Ele ainda defendeu a atuação do governo na gestão do enfrentamento ao coronavírus. Segundo ele, “todas as vacinas aplicadas no Brasil, sem exceção, foram viabilizadas pelo presidente Bolsonaro”. O senador também destacou números do auxílio emergencial e falou que Bolsonaro “investiu para evitar que brasileiros passassem fome”. “Como alguém pode responsabilizar Bolsonaro?”, questionou.

As declarações de Flávio estão em um vídeo que ele divulgou no início da tarde desta segunda. Ele e os demais senadores que apoiam o governo e integram a CPI não participaram da sessão com as vítimas e seus familiares.

Flávio voltou a criticar a condução dos trabalhos da comissão, que integra na condição de suplente. “Essa CPI mancha a imagem do Senado Federal. Grande parte da população olha para cá com nojo. Essa CPI teve a audácia, falta de sensibilidade de explorar a dor das pessoas que estão depondo.”

O filho do mandatário encerra o vídeo com um pedido: “Isso que vimos hoje é muito feito e precisa ser denunciado, como estou fazendo aqui agora. Se Deus quiser, essa CPI vai acabar logo”.

 

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