Segundo publicação do Estadão, um grupo de deputados do PSOL e do PDT apresentaram uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal contra o presidente Jair Bolsonaro. A motivação da ação foi a repercussão após Bolsonaro ler uma notícia que alertava sobre “vacinados corriam risco de desenvolver a síndrome da imunodeficiência adquirida” (Aids), informação esta que já foi noticiada no dia 20 de outubro de 2020 pela Forbes, também pela Revista Exame e diversos outros sites na época por causa de uma publicação de um estudo divulgado pela ‘The Lancet’, uma das principais revistas na área de publicações científicas.
“O Presidente da República mentir sobre a vacinação – utilizando um site conspiracionista e conhecido pelas notícias falsas – além de um ato criminoso, é um absoluto desrespeito para com o país e com as famílias enlutadas. Jair Bolsonaro coloca sua ideologia autoritária acima das leis do país, mentindo de forma criminosa sobre as vacinas, colocando em risco uma estratégia que vem diminuindo drasticamente o número de mortes no país. Uma cruzada do Presidente Jair Bolsonaro contra a ciência e a vida continua. É fundamental que os poderes constituídos tomem as providências cabíveis para punir os responsáveis pelos atentados contra a saúde pública do povo brasileiro ”, consta no documento.
Na visão dos deputados, a fala de Bolsonaro ‘é falsa e faz parte de uma suposta articulação sistemática do presidente para propagação de notícias falsas’, sendo apenas ‘mais um caso, entre tantos dos solicitados do presidente contra as normas internacionais de proteção contra um Covid ‘.
“Sem amparo em medidas científicas e contrariando autoridades sanitárias nacionais e internacionais, a postura irresponsável, mentirosa e criminosa do Presidente da República tem colocado a população brasileira cada vez mais em risco. Todos esses fatos trazidos à baila deixam claro que há em curso um amplo e sistemático modelo de disseminação de notícias falsas que, aliado ao recrudescimento autoritário, tem graves consequências para a democracia brasileira e que coloca em risco a vida da população ”, afirma o grupo de parlamentares.
A notícia-crime é assinada por Talíria Petrone, Fernanda Melchionna, Ivan Valente, Viviane da Costa Reis, Áurea Carolina de Freitas e Silva, David Michael dos Santos Miranda, Luiza Erundida, Glauber de Medeiros Braga, Sâmia Bomfim e Túlio Gadêlha.
