Bolsonaro e Trump são reconhecidos por defenderem bandeira antiaborto mundialmente
O governo Bolsonaro foi reconhecido como protagonista na luta contra o aborto no cenário internacional, aplaudido pelo movimento ultraconservador e religioso no mundo.
Este reconhecimento aconteceu na semana passada no discurso de Valery Huber, ex-representante de Donald Trump, durante a adesão da Guatemala no Consenso de Genebra. Huber deixou bem claro que atualmente o Brasil é o líder da agenda conservadora mundial.
A Declaração de Consenso de Genebra é um documento assinado em 22 de outubro do ano passado por diversos países que tem por objetivo alcançar uma saúde melhor para as mulheres; preservar a vida humana desde a concepção; apoiar a família como parte fundamental de uma sociedade saudável; proteger a soberania nacional na política global. Esta declaração tem como base a “não existência de direito internacional ao aborto”. Foi uma iniciativa foi promovida pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e tem o apoio de cerca 30 países como Hungria, Polônia, Arábia Saudita, Sudão, Congo, Egito, Emirados Árabes Unidos, Belarus.
Com a vitória de Joe Biden, os Estados Unidos foi retirado da coalizão antiaborto, e a manutenção do bloco ultraconservador, com cerca de 30 países, passou a ser responsabilidade do Brasil, através da ministra Damares Alves e da secretária de Família, Angela Gandra.
Huber enfatizou em discurso o papel do governo Bolsonaro na preservação da aliança conservadora.
“Estou muito contente que o Brasil seja agora o país líder dessa coalizão”, “o Brasil está muito afortunado por ter a ministra Damares Alves, uma líder para a dignidade da pessoa humana”, disse a ex-secretária, que também afirmou que “a vida está sob ataque.”
Valery foi presidente do “Ascend”, um grupo conhecido como uma Associação Nacional para a Educação de Abstinência que defendia a ideia de jovens não terem relações sexuais até o casamento. Uma pauta fortemente defendida por Bolsonaro e Damares Alves.
A ministra da Família também discursou no evento e em um trecho afirmou que “o aborto não é opção de planejamento familiar. Ao contrário: é dever do estado que nos diga que precisamos defender a vida desde a concepção”.