A diretoria da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou nesta sexta-feira (24) o leilão das faixas que serão exploradas para a oferta da tecnologia 5G, que melhora a velocidade da conexão móvel.
O evento acontecerá em 4 de novembro.
Com alta velocidade e baixo tempo de resposta entre o envio e recebimento de dados, a chegada do 5G no Brasil promete ainda mais inovações tecnológicas. Toda essa mudança terá reflexo na melhora da produtividade, avanços na economia e na qualidade de serviços, com diversos equipamentos eletrônicos conectados e inteligentes, como carros, máquinas industriais e até aparelhos médicos.
Quatro faixas de frequência serão licitadas. Faixa é o nome dado ao “espaço” por onde passam os sinais de dados que permitem a conexão entre dispositivos (como smartphones) e torres que enviam esses dados para centrais e realizam a comunicação com outros aparelhos.
Inicialmente, o serviço estará disponível nas maiores capitais do Brasil até meados de 2022, porém, havendo condições técnicas e de implantação da tecnologia 5G com todas as obrigações definidas, isso poderá ser adiantado, mas ainda sem previsão de quando os primeiros serviços poderão estar ativados.
O superintendente de Competição da Anatel, Abraão Balbino, respondeu a questionamentos sobre a informação do conselheiro do Tribunal de Contas da União Aroldo Cedraz de que o leilão deveria custar mais de R$ 100 bilhões.
“A Anatel tinha uma base subestimada da Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária] da parte do universo agrário brasileiro. Ela tem área urbana 50% menor do que a do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]. O que o TCU fez foi uma determinação de ser revisitada essa questão. Conseguimos uma base mais recente do IBGE, de 2020. Pegamos o menor valor de área urbana”, explicou Balbino. Com esse cálculo, chegaram ao valor do leilão.
