Os sete ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram, por unanimidade, na noite desta segunda-feira (2), abrir um inquérito administrativo para investigar o presidente Jair Bolsonaro por suposto ‘abuso de poder político e econômico’, uso indevido de meios de comunicação social e propaganda eleitoral antecipada, devido às recentes críticas ao sistema eletrônico de votação e pela defesa do voto impresso.
O autor foi o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Luís Felipe Salomão, e enviada ao plenário da Corte pelo presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, que criticou mais uma vez as declarações de Bolsonaro.
“A ameaça à realização de eleições é conduta antidemocrática, suprimir direitos fundamentais incluindo de natureza ambiental é conduta antidemocrática, conspurcar o debate público com desinformação, mentiras ódios e teorias conspiratórias é conduta antidemocrática. Há coisas erradas acontecendo no país e nós todos precisamos estar atentos, precisamos das instituições e da sociedade civil, ambas bem alertas. Já superamos ciclos do atraso institucional, mas há retardatários que gostariam de voltar ao passado. E parte dessa estratégia inclui ataque às instituições”, afirmou Barroso.
Por unanimidade, os ministros do TSE também aprovaram um pedido, que será encaminhado ao STF, para que Bolsonaro seja incluído como investigado no inquérito das fake news, de relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
