A Operação Lava-Jato foi responsável por desarticular o maior esquema de corrupção da história do Brasil, esquema esse que contou com bilhões de reais desviados para alimentar um grupo composto por grandes empreiteiras, doleiros, além de partidos e líderes políticos que mandavam e desmandavam na Petrobras durante os governos do PT.
Mas para o MPF-RN, nada disso tem importância pois, nesta terça-feira (31), dois procuradores apresentaram uma ação civil pública para cobrar por “danos morais coletivos causados pela atuação antidemocrática do ex-juiz Sergio Moro na condução da Lava-Jato”.
“O magistrado atuou de modo parcial e inquisitivo, demonstrando interesse em influenciar indevidamente as eleições presidenciais de 2018, após a qual foi nomeado ministro da Justiça. Destaca, ainda, que a operação como um todo, da maneira como desenvolvida em Curitiba, influenciou de modo inconstitucional o processo de impeachment de 2016“, alegam os procuradores.
“Os autores requerem que a União promova a educação cívica para a democracia no âmbito das Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (ENFAN) e da Escola Nacional do Ministério Público (ESMPU), a fim de prevenir que agentes do sistema de justiça atuem em prol de novos retrocessos constitucionais”, afirma a ação.
