Fachin critica o voto impresso e fala em ‘pré-fascismo’
O vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Edson Fachin, afirmou que a democracia está sendo posta em xeque por “atores políticos que almejam sequestrar o poder” das mãos dos brasileiros.
“Estabelecendo um regime de inverdade consensual, um acordo sobre a mentira, que é fruto desses tempos denominados de pós-verdade, o que a rigor é a antessala, é um pré-fascismo”, declarou o ministro durante uma live no II Encontro Internacional Democracia na Pós-pandemia realizado nesta quinta-feira (22).
O magistrado falou em “regime de exceção” quando o tema era o voto auditável. “Tudo isso se assenta em acusações de fraude categoricamente vazias de provas e sem respaldo na realidade”, afirmou Fachin.
Ele criticou o presidente Bolsonaro indiretamente ao mencionar que há governantes que querem mudar as regras do jogo, sem obedecê-las. “O discurso contra as eleições é nada mais do que o anúncio de um golpe contra a Constituição, havido como tática elementar de um novo coronelismo”, disse.
Após o recesso do Congresso, será votada a proposta de emenda à Constituição que prevê a impressão do comprovante do voto. O eleitor não terá contato com o papel que irá para uma urna lacrada, depois que o eleitor confirmar o voto.