Esposa de Daniel Silveira questiona silêncio de Damares sobre violação dos Direitos Humanos na prisão do marido
Paola da Silva Daniel, de 36 anos, tem enfrentado noites de insônia com a prisão de seu marido. Sua sogra, não tem mais lágrimas para chorar pelo filho encarcerado. Essa é a realidade de 800 mil mães e esposas no Brasil. A situação fica ainda pior, ao saber, que o preso, o deputado Daniel Silveira, não cometeu nenhum crime. Trata-se de uma prisão política por crime de opinião, comum em regimes ditatoriais como em Cuba e na Venezuela.
A esposa do deputado, fez a pergunta que não quer calar. Ela questionou a Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, pelo silêncio sepulcral da prisão de seu marido, que sem dúvida, hoje é a maior violação de direitos humanos na atualidade em nosso país.
Na contramão de uma política conservadora, Damares Alves tem caminhado a passos largos políticas para o público LGBTT, maior entrega política de seu ministério nos 900 dias de governo. Somente este ano, o orçamento para gays, lésbicas e trans ultrapassa o valor de R$ 3,3 milhões. Apenas um programa para gerar empregos para travestis pretende dar emprego a duas mil profissionais do sexo que queiram mudar de área.
O silêncio de Damares também incomodou a base conservadora nas prisões de Sara Winter, Oswaldo Eustáquio, Daniel Ativista, Érica Viana, Emerson Mitoshow e Renan Souza. Nenhuma palavra foi dita pelos presos políticos, ao contrário, o Ministério dos Direitos Humanos negou ao jornalista Oswaldo Eustáquio a inclusão no Programa Defensores de Direitos Humanos, mesmo programa que admitiu a viúva da ex-vereadora Marielle Franco.
Outro ponto que chama a atenção é o aparalhamento do Ministério dos Direitos Humanos por profissionais ligados a esquerda e aos tucanos. Um exemplo, é o chefe de gabinete de Damares, Delegado Sandro Dezan, ligado a ala tucana da Polícia Federal que comandou os inquéritos abertos pelo Ministro Alexandre de Moraes.
Sandro Dezan, chefe de gabinete de Damares, armou a prisão do jornalista Oswaldo Eustáquio. Documentos obtidos pelo Hora Brasília revelam que o chefe de gabinete da Ministra oficiou Alexandre de Moraes de “possível descumprimento”de medida cautelar pelo jornalista. Dezan disse que Eustáquio não tinha autorização para ir até o Ministério, em audiência agendada pelo gabinete da Ministra, no entanto, o documento obtido pela reportagem, revela que Eustáquio tinha a autorização por escrito. Com base, nesse documento enviado pelo chefe de gabinete de Damares, Alexandre de Moraes decretou a terceira prisão do jornalista Oswaldo Eustáquio, que foi levado andando e voltou para casa sobre uma cadeira de rodas.