Cuba culpa embargo dos EUA por crise no país
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, culpou, mais uma vez, os Estados Unidos pelos protestos espontâneos que irromperam na ilha durante o final de semana. Em um pronunciamento, ele declarou que os problemas econômicos enfrentados no país são resultado do embargo imposto pelo governo norte-americano e falou em “asfixia econômica para provocar revoltas sociais”. Díaz-Canel declarou que há “razões legítimas” para a insatisfação dos cubanos, mas que, “se querem comida, devem protestar contra o bloqueio, não contra o governo”. Ele ainda alegou que o objetivo dos protestos é “mudar o regime e colocar no lugar um outro que não cuida da população, comandado por empresas e pelo dinheiro dos Estados Unidos”.
Milhares de pessoas foram às ruas da capital Havana e de outras cidades, se manifestando contra a escassez de remédios e alimentos, a falta de energia e as restrições impostas pelo governo como resposta ao avanço da Covid-19. Em nota oficial divulgada nesta segunda-feira (12), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, respondeu às acusações de Díaz-Canel, afirmando que os EUA estão “ao lado da população” da ilha e de “seu clamor por liberdade e alívio” e que o povo cubano foi submetido“ a décadas de repressão e sofrimento econômico” pelo regime autoritário do país. O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, também se manifestou sobre a crise e pediu o fim do embargo americano a Cuba.
O presidente Jair Bolsonaro também se manifestou a favor do povo cubano e chamou a ilha de “ilusão do paraíso socialista”.
– Todo apoio e solidariedade ao povo cubano, que hoje corajosamente pede o fim de uma ditadura cruel que por décadas massacra a sua liberdade enquanto vende pro mundo a ilusão do paraíso socialista. Que a democracia floresça em Cuba e traga dias melhores ao seu povo!
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 12, 2021