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Conservadores de pelo menos 14 estados não aprovam o uso de linguagem neutra nas escolas


A linguagem neutra é uma proposta de adaptação da língua portuguesa para que as pessoas que se declaram não binárias, ou seja, quem não se identifica nem como homem nem como mulher, se sintam representadas. Na aplicação prática dessa linguagem “amigo” ou “amiga” virariam “amigue” ou “amigx”, segundo propostas apresentadas para usar esse tipo de linguagem nas escolas de todo o país.

Já foram apresentadas propostas que impedem o uso desse recurso nas escolas em 14 estados e na Câmara Federal, segundo informação do jornal O Globo. Em Santa Catarina, a ideia já virou decreto o mês passado quando o governador Carlos Moisés (PSL) determinou a proibição do uso da linguagem neutra em escolas públicas e privadas, o PT entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar o decreto.

“Essa é a menor das prioridades dentro da maior crise educacional da História brasileira. As crianças e jovens perderam aprendizagem de uma forma extremamente preocupante. Isso é que deveria ter sentido de urgência, e não ficar discutindo detalhes acessórios de acordo com a visão de mundo dos parlamentares”, afirma Claudia Costin, diretora do Centro de Políticas Educacionais da FGV/RJ.

Em todos os outros estados da federação há projetos de lei em debate sobre o tema. A base governista quer garantir aos estudantes o direito ao aprendizado da língua portuguesa dentro da norma culta e orientações legais de ensino estabelecidas com base nas orientações nacionais de Educação, pelo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.

“Trata-se de uma aberração linguística que não está em conformidade com a nossa gramática e pode confundir o aprendizado dos nossos jovens”, afirma o deputado Cabo Junio Amaral (PSL-MG), autor do projeto na Câmara Federal.

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) também apresentou as duas propostas no Rio de Janeiro.

O objetivo do projeto Escola Sem Partido é defender a neutralidade política e religiosa do Estado para preservar crianças e adolescentes da guerra ideológica que vem sendo imposta pela mídia e agora quer chegar às escolas.




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