Caso Lázaro: Fazendeiro que abrigou o maníaco se torna réu na Justiça
O fazendeiro Elmi Caetano Evangelista se tornou réu na Justiça por ajudar o maníaco Lázaro Barbosa a fugir da força-tarefa que tentava capturá-lo e por posse ilegal de arma. O processo contra o caseiro que trabalha para Elmi, Alain Reis, foi arquivado.
A juíza Luciana Oliveira de Almeida Maia da Silveira, de Cocalzinho de Goiás, também indeferiu o pedido de revogação da prisão preventiva de Elmi, que está preso desde o dia 24 de junho.
“Apesar dos esforços incessantes destinados à captura do citado criminoso, apontado como de altíssima periculosidade, constatou-se que o denunciado Elmi, pelo menos desde a data de 18/06/2021 até o momento de sua prisão em flagrante em 24/06/2021, de forma livre e plenamente ciente das buscas realizadas pelas forças policiais na tentativa de capturar o criminoso Lázaro, deu guarida a ele em sua propriedade rural, fornecendo-lhe repouso, comida, e escondendo-o no local, de maneira a retardar e dificultar sobremaneira o trabalho da polícia”, escreveu na denúncia a promotora Gabriela Starling Jorge Vieira de Mello.
Lázaro assassinou uma família em Ceilândia e morreu, após 20 dias de fuga, em intensa troca de tiros com policiais em Águas Lindas de Goiás. Outros crimes de assassinato e estupro também foram atribuídos ao maníaco.
Já o funcionário, Alain, disse que o patrão ajudava Lázaro, dando abrigo e comida a ele. Ele também contou que não denunciou nada à polícia por ter sido ameaçado pelo foragido. Ele foi solto em audiência de custódia no dia seguinte à prisão.
O Ministério Público denunciou o fazendeiro no dia 30. Ao tornar o fazendeiro réu, a juíza Luciana Oliveira de Almeida Maia da Silveira considerou que a denúncia “encontra embasamento no inquérito policial que a acompanha. Não há dúvidas de que os elementos que compõem o procedimento investigatório são suficientes para a instauração do processo penal, já que indicam, prima facie, a ocorrência de crime”.