O presidente Jair Bolsonaro encaminhou ao governo da África do Sul a indicação do ex-prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), para assumir a embaixada do Brasil no país, segundo informação publicada pelo Correio Braziliense.
Crivella ainda precisa ser aprovado pelo governo Sul-Africano, portanto não há nenhuma informação oficial. Caso seja aceito, a indicação será oficializada e o ex-prefeito passará por uma sabatina na Comissão de Relações Exteriores do Senado, presidida por Kátia Abreu (PP-TO).
O ex-prefeito foi preso em dezembro de 2020 após denúncia de que ele supostamente seria chefe de uma organização criminosa. No dia seguinte, Crivella foi autorizado a cumprir prisão domiciliar. Após essa denúncia ele foi afastado da prefeitura e candidato à reeleição com o apoio do presidente Jair Bolsonaro, mas perdeu a disputa para Eduardo Paes (DEM).
Crivella é Bispo licenciado da igreja Universal do Reino de Deus e já morou na África do Sul nos anos 1990, na missão de internacionalizar a igreja. Atualmente a Universal tem mais de 300 templos somente no país sul-africano. Sua ida à África do Sul como embaixador pode ter um benefício duplo, ou seja, para a igreja e para o governo Bolsonaro.
Além da aprovação por parte do governo sul-africano e do Senado Federal, Crivella tem outro empecilho. Quando foi-lhe concedida a prisão domiciliar, Gilmar Mendes, ministro do STF, foi enfático ao proibir o ex-prefeito de sair do país, obrigando-o a entregar seu passaporte à Justiça.
