Esportes

Globo pediu perdão à Conmebol para transmitir a Copa América


Após duras e constantes críticas à realização da Copa América no Brasil, o Grupo Globo fez incontáveis tentativas de transmitir o campeonato.

Antes de participar da concorrência que definiria quem transmitiria o evento, o grupo carioca enviou seus principais executivos ao Paraguai para uma reunião com a Conmebol para um waiver (termo técnico que em tradução literal seria retratação/perdão).

O pedido de perdão era necessário pois o Grupo Globo está sofrendo um processo pela Conmebol por ter reincidido o contrato de transmissão da Copa Libertadores da América que ia até 2022. Sem este contrato, a emissora perdeu o direito de disputa pela exibição de outras competições da Conmebol.

Segundo o site Notícias da TV, os executivos que participaram da reunião foram: Jorge Nóbrega, presidente executivo da Globo; Paulo Marinho, neto de Roberto Marinho (1904-2003) diretor dos canais Globo; e Pedro Garcia, diretor de aquisição de direitos. Todos foram pessoalmente à capital Assunção, onde fica a sede da Conmebol, para se retratarem e convencer a entidade a desistir do processo pelo rompimento do contrato da Libertadores.

Segundo o site, a viagem aconteceu em outubro do ano passado, cerca de dois meses após o rompimento pela Libertadores. Jorge Nóbrega, o principal executivo da emissora, normalmente não participa desse tipo de negociação, mas ele esteve presente e foi recebido pelo presidente da Conmebol, Alejandro Domíngez.

A emissora não negou a viagem nem o encontro, mas afirmou que ele teve “caráter estritamente institucional”. Porém, segundo apuração do site, houve sim negociação e até mesmo uma proposta de compra da Copa América e aquisição dos direitos da Libertadores de 2023 à 2025, campeonato que só terá licitação no final de 2022 e que atualmente quem detém os direitos de exibição é a emissora paulista SBT.

Nóbrega tentou um novo contato com a chefia da Conmebol neste ano, mas sem sucesso. A Confederação manteve o processo e negou o perdão à Globo, mas permitiu que a emissora participasse da concorrência pela Copa América, mas perdeu para o SBT que apresentou as mesmas condições que a emissora carioca.

A rescisão do contrato de exclusividade sobre a exibição da Libertadores foi causada, segundo a Globo, pela crise econômica motivada pela pandemia e pela alta do dólar. A Conmebol não aceitou diminuir o valor do contrato, de Us$60 milhões por ano, e ainda acionou a emissora em uma câmara de arbitragem na Suíça e pediu Us$60 milhões de indenização pela quebra do contrato.

Mesmo com a pandemia e todo terror pregado pela emissora, seus principais executivos foram ao país sede da Confederação, mostrando um verdadeiro arrependimento pela quebra do contrato, além do grande risco de sofrer uma vergonhosa derrota na Justiça Internacional. Toda a equipe de jornalistas e apresentadores da emissora adotaram uma postura hipócrita e vergonhosa, que agora pode até mesmo se entendida como inveja, pois além de tudo que foi listado, sofrerá mais derrotas no Ibope nos próximos dias.

 




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