‘Seria como voltar ao orelhão’ afirma Barroso sobre voto impresso
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, voltou a criticar o voto impresso auditável. Segundo ele, a mudança não vai encerrar os questionamentos sobre as fraudes nas eleições e que seria um “atraso, como voltar ao orelhão”.
A declaração foi feita nesta sexta-feira (21), durante entrevista à rádio CBN, na qual Barroso listou uma série de problemas que poderão surgir com a mudança no sistema eleitoral, como a judicialização do resultado das eleições.
Segundo o ministro, mesclar o voto impresso ao eletrônico abre um precedente para que partidos, instituições civis e milhares de candidatos levantem questionamentos e levem à Justiça o resultado emitido pelas urnas.
A maior preocupação do presidente do TSE seria ter ordens judiciais de recontagem de votos, criando um problema que até agora não existe.
“O Brasil tem 5.600 municípios e teve na última eleição 450 mil candidatos. Imaginando que um percentual pequeno dos que percam peça na Justiça a recontagem, vão contratar os melhores advogados eleitoralistas do Brasil para encontrar inconsistências, incongruências. Em um país que judicializa tudo, nós não precisamos disso. Nós queremos que o poder emane das urnas, e não de um juiz”, declarou o ministro.