Salles considerou a operação da PF exagerada e desnecessária
A Polícia Federal deflagrou a operação Akuanduba que tem como alvo o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, servidores da pasta e do Ibama. Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a operação e determinou o afastamento do presidente do Ibama, Eduardo Bim, por suspeitas de irregularidades.
A operação apura crimes contra a administração pública como corrupção e facilitação de contrabando praticados por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro.
Após ir espontaneamente à Superintendência da Polícia Federa, o ministro Ricardo Salles falou à imprensa e afirmou que a operação da PF foi “exagerada” e “desnecessária:
“Faço aqui uma manifestação de surpresa com essa operação que eu entendo exagerada, desnecessária. Até porque todos, não só o ministro, estiveram sempre à disposição para esclarecer quaisquer questões. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) atua sempre com bom senso, respeito às leis, respeito ao devido processo legal. Entendemos que esse inquérito foi instruído de uma forma que acabou induzindo o ministro relator a erro” declarou Salles.
Salles esteve no Palácio do Planalto na manhã desta quarta-feira e, em conversa com o presidente Jair Bolsonaro, afirmou que “não há substância nenhuma” nos fatos investigados:
“Expliquei ao presidente do que se trata. Expliquei que, na minha opinião, não há substância nenhuma das acusações. Embora eu não conheça os autos já sei qual é o assunto que se trata e me parece que esse é um assunto que vai ser esclarecido, ou que pode ser esclarecido com muita rapidez”, declarou na saída do Palácio do Planalto.