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Ex-ministra do TST, Rosa Weber é ré em ação por trabalho escravo


A ministra do Supremo Tribunal Federal e ex-ministra do Tribunal Superior do Trabalho, Rosa Weber, é ré em um processo movido por uma ex-funcionária, a senhora Estela Maris Machado.

Estela trabalhou para a família como cuidadora da senhora de Zilah Pires por cinco anos, dormia no trabalho e tinha uma jornada diária de 19 horas, ficou à disposição inclusive durante as madrugadas. A cuidadora tinha somente dois dias de folga na semana mesmo com uma rotina de trabalho extenuante e sem carteira de trabalho assinada.

O processo é contra Zilah e seus dois filhos, Rosa Weber e José Roberto Weber. Nele a ex-cuidadora cobra férias, adicionais noturnos, horas extras, entre outros pontos como indenização moral e existencial, resultando em um R$ 1,08 milhão de indenização.

Ângelo Diel, advogado da cuidadora, tem como principal argumento as jornadas longas e cansativas, alegando que “a exposição do empregado a jornada extenuante de trabalho, em desacordo com os limites previstos na legislação, é um dos fatores que levam à caracterização do trabalho escravo”.

A defesa de Rosa Weber e família contesta todos os argumentos da ex-funcionária alegando que Estela não quis assinar carteira pois teria outro trabalho com carteira assinada, informação infundada pois se a cuidadora trabalhava 19 horas por dia, cinco dias por semana, é humanamente impossível ter algum outro trabalho, além de não ter qualquer contratante em sua carteira de trabalho, que foi anexada aos autos. A defesa ainda alega que a contratante foi a própria senhora Zilah, com 97 anos na época do contrato, e que Estela seria somente “dama de companhia” sem maiores obrigações e somente assistia televisão e servia comida para a idosa.

Segundo o site O Bastidor, há também uma outra ação trabalhista muito semelhante, que também envolve a mãe da ministra, movida por Andrea Gislaine Cardoso Rosa que também trabalhou como cuidadora da senhora Zilah entre 2017 e 2019, sem carteira assinada.




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