Em entrevista ao portal Reuters, o governador de São Paulo João Doria pela primeira vez admitiu que pretende disputar as prévias de seu partido, PSDB, para tentar disputar a presidência do Brasil.
O governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite e o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, são fortes candidatos do partido e que, segundo Doria, não podem ser ignorados. O tucano se esforçou duramente para atrair a atenção ao seu governo trazendo, a todo custo, testes de COVID e a CoronaVac, mesmo sem comprovação científica na época.
O Partido da Social Democracia Brasileira entrou em crise interna com Doria pedindo a expulsão do mineiro Aécio Neves em fevereiro sob a acusação de atribuir à Neves a articulação responsável pelos votos entregues pela bancada do PSDB na eleição de Arthur Lira, candidato de Jair Bolsonaro para a presidência da Câmara dos Deputados. O parlamentares do PSDB não concordaram com a atitude do governador que tenta, novamente a todo custo, um protagonismo forçado na legenda, agindo puramente por estratégia eleitoral e criando conflitos artificiais para alimentar a imprensa com projetos meramente pessoais.
Em meio a tantos conflitos, Doria tentou a presidência do PSDB mas perdeu por unanimidade, após uma reunião da Executiva Nacional que decidiu renovar o mandato do pernambucano Bruno Araújo como presidente nacional da sigla por mais um ano, a partir de maio. Com toda certeza o governador paulista tentará mais uma vez a presidência do partido que tem por tradição indicar o líder nacional como seu candidato à presidência da República.
O PSDB marcou para outubro, exatamente um ano antes das eleições, as prévias para a disputa presidencial. Apesar de todo o desconforto interno causada por João Doria no partido de “intelectuais”, ele já se considera um pré-candidato.
