O presidente Jair Bolsonaro em um pronunciamento nesta quarta-feira, 31, anunciou a nova fase de pagamentos do auxílio emergencial que começará a partir do dia 6 de abril. A cerimônia, no Palácio do Planalto, teve a presença do ministro da Cidadania, João Roma, do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, e do presidente da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), Gustavo Canuto.
“Tínhamos e temos dois inimigos: o vírus e o desemprego. É uma realidade. Não é ficando em casa que nós vamos solucionar esse problema. Essa política ainda está sendo adotada, mas o espírito dela era buscar achatar a curva de contaminação enquanto os hospitais se preparavam. […] O governo sabe que não pode continuar por muito tempo com esses auxílios, que podem desequilibrar a nossa economia. O apelo que a gente faz é que a política de lockdown seja revista. Isso cabe, na ponta da linha, aos governadores e prefeitos. Só assim nós poderemos voltar à normalidade.”, afirmou Bolsonaro.
O presidente explicou que a nova fase do auxílio emergencial “é mais um endividamento da União”.
“Isso não é dinheiro que estava no cofre. Isso pesa para todos nós. É uma conta que fica para nós e talvez para gerações futuras também. A população não apenas quer, mas precisa trabalhar. Nenhuma nação se sustenta por muito tempo com esse tipo de política. O Brasil tem que voltar a trabalhar. A população brasileira tem que voltar a trabalhar.” alertou o presidente.
Bolsonaro declarou também que tem ouvido a população mais pobre e sentido o desespero dessas pessoas com a falta de dinheiro. “As geladeiras estão vazias. Conversei com as pessoas. A fome está batendo cada vez mais forte na casa dessas pessoas, que não têm o mínimo para dar aos seus filhos. Eu temo por problemas sociais gravíssimos no Brasil. O auxílio emergencial é um alento. É pouco, mas é o que a nação pode dispensar para sua população”, lamentou o presidente.
