Justiça

Nunes Marques pede vista e adia resultado da Suspeição de Moro


A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) não terminará de julgar hoje (9) o habeas corpus da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a suspeição do ex-juiz Sergio Moro. O caso foi levado ao colegiado após decisão do ministro Gilmar Mendes, presidente da Turma, apesar da tentativa de adiamento do decano Fachin.

O placar estava em 2 x 1 a favor de Moro, após Gilmar Mendes votar pela suspeição do ex-magistrado de Curitiba, o ministro Nunes Marques pediu vista (pediu mais tempo para analisar detalhadamente o caso) sob a alegação de ter tido tempo de formar uma opinião.

“Não poderia… até que tentei, alinhar um voto diante do que vi, do que foi trazido aos autos, mas o tempo foi curto para um membro da Corte que jamais participou do processo e não tinha nenhum conhecimento sobre ele. Eu preciso pedir vista para analisar esse processo”, afirmou o decano.

Como o julgamento não foi interrompido imediatamente, Lewandowski registrou seu voto antecipadamente, antes do retorno de Marques com sua decisão.

A exemplo de Gilmar Mendes, Lewandowski votou pela anulação de condenações e provas colhidas nos processos decididos pelo ex-juiz federal de Curitiba. Com isso, o julgamento foi interrompido com o placar empatado em 2 x 2. Cármen Lúcia e Edson Fachin já haviam votado antes da primeira interrupção da análise, em dezembro de 2018, e optado por rejeitar a suspeição de Moro.

A ministra Cármen Lúcia, após anunciar que iria apresentar um novo voto, decidiu esperar o voto-vista de Nunes Marques. Há possibilidade de que ela mude de posição, devido às mensagens da Vaza Jato incluídas no processo desde 2019.




Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo