Exclusivo: Inquérito que mantém Oswaldo Eustáquio e Sara Winter presos encerra hoje; PF não encontrou crimes
Os inquéritos 4781 e 4828 que apuram a disseminação de fake News e a organização de atos antidemocráticos instaurados pelo STF se encerram a meia noite de hoje (24). Após mais de um ano de investigação a delegada Denisse Dias Ribeiro, responsável pelo inquérito 4828, que mantém o jornalista Oswaldo Eustáquio, a ativista Sara Winter e mais cinco pessoas presas, não encontrou elementos para indiciamento de nenhum dos envolvidos na investigação. Com o encerramento do inquérito, sem denúncia, os presos devem ser colocados em liberdade em caráter imediato. Também permanecem presos os cariocas Arthur Castro e Érica Viana, o psicólogo Renan, Daniel Ativista e o baiano MitoShow.
Nesse período, um dos investigados, o senador Arolde de Oliveira, faleceu. Dois, senadores, dez deputados federais, dezenas de influenciadores digitais foram alvo de buscas e apreensões de celulares, computadores e documentos. Dezenas de sigilos bancários e telefônicos foram quebrados e no dia 18 de dezembro de 2020, três dias depois do Ministro Alexandre de Moraes prorrogar o inquérito por mais três meses, a delegada encaminhou um relatório á PGR e ao STF informando que não há mais diligências a serem realizadas e até aquela data, o inquérito encontrava-se inconclusivo, ou seja, sem motivos sequer para indiciamentos. Ou seja, a prorrogação do inquérito, em dezembro, já foi uma medida inócua.
Na esteira da Polícia Federal, a Procuradoria Geral da República não tem elementos para oferecimento de denúncia e com o encerramento do inquérito, os sete presos, devem ter sua liberdade decretada com o arquivamento do inquérito.
Como a própria PF já informou a justiça que não há novas frentes para investigação, seria um escândalo uma nova prorrogação deste inquérito, sendo que Alexandre de Moraes determinou que quatro delegados fossem designados para essa investigação, um deles, Igor Romário de Paula, que foi chefe do DICOR, até fevereiro deste ano. O departamento foi extinto e o delegado tem intensão de se transferir para o Canadá em um escritório da PF.